Aldeia do povo Xerente recebe água potável após suspeita de contaminação

A aldeia Kâkaka, do povo Xerente, localizada na divisa do município de Tocantínia e Pedro Afonso, recebeu água potável após indígenas da região perceberem alterações na água do rio Gorgulho, que segundo os moradores da aldeia, estava sob suspeita de possível contaminação, que segue em análise.

A secretária de Estado dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins, Narubia Werreria, conferiu que esse trabalho foi de articulação com o secretário Márcio Pinheiro, da Ageto, e, portanto, teve toda a celeridade necessária. “Também contamos com o apoio da Funai, que acompanhou toda a operação desde ontem tentando levar esse caminhão, que finalmente chegou na aldeia. Nós estamos muito felizes porque a água é um serviço essencial, um direito constitucional que a comunidade depende diretamente para viver”, expressou Narubia Werreria.

O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) coletou amostras em quatro pontos distintos das extensões do afluente, e também fez a verificação de áreas próximas ao local afetado.  Os testes estão em processo de realização, executados em laboratório especializado, e devem ficar prontos em até 30 dias.

A água potável está sendo transportada por meio de dois carros-pipa, a pedido do Governo do Tocantins, que também pediu a BRK Ambiental a disponibilização do sistema de abastecimento de água da empresa em Miracema para ajudar o fornecimento ao povo Xerente durante os próximos 15 dias, caso seja necessário.

 Aldeia Kâkaka
 

A aldeia Kâkaka, pertencente ao povo Xerente, é comandada pelo cacique Ranulfo Cursino Xerente, conhecido como Neca. A aldeia abriga centenas de famílias que dependem da fauna e flora local para subsistência.  O rio Gorgulho é um afluente do Rio Tocantins e de suma importância para os moradores locais, pois além de abastecer a aldeia Kâkaka, atende ainda outras aldeias do povo Xerente, que necessitam de água para realizar atividades cotidianas.

Fonte: Secom/TO

Fonte: Tocantins Rural