O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aumentou o crédito disponível para a agricultura familiar no Plano Safra.
No período de 2023/2024, houve um aumento significativo no valor oferecido, passando de R$ 5,7 bilhões para R$ 11,6 bilhões, representando um crescimento de 103%.
Além disso, o BNDES destinou R$ 14,8 bilhões à agricultura empresarial, um aumento de 33% em relação ao ano anterior.
O governo federal anunciou valores recordes para o Plano Safra, com destaque para um volume inédito de crédito rural para a agricultura familiar, totalizando R$ 71,6 bilhões. Isso representa um aumento de 34% em relação à safra anterior.
Somando-se a isso, outras ações voltadas à agricultura familiar, como assistência técnica, extensão rural e Política de Garantia de Preços Mínimos, totalizam R$ 77,7 bilhões.
Entre as medidas adotadas, destaca-se a redução da taxa de juros de 5% para 4% ao ano para produtores de alimentos essenciais como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite e ovos. Essa iniciativa visa impulsionar a produção de alimentos indispensáveis para as famílias brasileiras, contribuindo para a segurança alimentar do país.
Além disso, as alíquotas do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro Mais) serão reduzidas em 50% para a produção de alimentos.
Considerando todas as linhas de crédito, incluindo recursos livres, o banco disponibilizou um total de R$ 38,4 bilhões para a safra atual, o que representa um valor 55% superior ao do ano passado.
Durante o anúncio do Plano Safra, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a atuação do banco em prol do desenvolvimento do país, ressaltando que o objetivo não é apenas o lucro, mas sim atrair investimentos privados para o setor público e fornecer financiamento público para o setor privado.
No balanço de seis meses de gestão, o BNDES também ressaltou a aprovação de um apoio não reembolsável em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola da ONU (FIDA). Esse apoio será direcionado a investimentos em práticas agrícolas e segurança hídrica no semiárido nordestino, por meio do projeto “Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais do Nordeste”. O projeto beneficiará 250 mil famílias de agricultores familiares, impactando aproximadamente um milhão de pessoas, com foco especial na inclusão de mulheres e jovens.
