O Instituto Federal do Tocantins em Dianópolis (IFTO) quer implantar agroindústrias para agregar valor aos produtos do Cerrado produzidos por agricultores familiares da região Sudeste do Tocantins. Nesta segunda-feira, 5, o diretor do campus de Dianópolis, Pietro Lopes Rego, entregou o projeto de implantação das unidades agroindustriais à Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Sics).
Junto à pasta, o IFTO pleiteia recurso financeiro e apoio técnico-logístico para a estruturação das unidades produtivas de beneficiamento. O projeto especifica que serão implantadas agroindústrias para o beneficiamento de mel, frutas e produtos cárneos.
Segundo o diretor do IFTO de Dianópolis o desperdício de produtos na região é grande – cerca de 800 kg de produtos são descartados a cada carregamento. A ideia é aproveitar o excedente dos itens in natura para fabricar produtos de valor agregado. “Em torno de 15% do que é produzido acaba sendo desperdiçado, ou vira compostagem. A gente quer trabalhar o processamento desse material para poder agregar valor e fortalecer a economia local”, explicou Rego.
A proposta é que a agroindústria funcione nas dependências do IFTO, aproveitando espaços desocupados do campus. O Instituto também vai oferecer capacitação e apoio técnico-científico aos produtores locais. Serão capacitadas cerca de 500 pessoas.
“Nossa proposta, com a agroindústria, é consolidar a cadeia produtiva da região para poder agregar valor e diminuir a perda dos produtores da região, contribuindo para o desenvolvimento regional”, resumiu o diretor do IFTO.
O projeto vai beneficiar estudantes, produtores rurais, assentados, comunidades quilombolas e tradicionais e demais agentes de empreendimentos de economia solidária da região Sudeste do Tocantins.
O secretário de agricultura de Dianópolis, Helisson Rosa Freitas, disse que a estruturação da cadeia produtiva do mel, frutos e carnes vai gerar desenvolvimento na região. “Esse projeto vai fomentar o comércio da região, trazer recursos, além de gerar emprego e renda. A prefeitura está à disposição para ser parceira desse projeto de desenvolvimento”, afirmou.
O projeto apresentado à Sics será analisado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico do Tocantins (CDE) que vai avaliar a viabilidade técnica e financeira da proposta.