Brasília (15/06/2023) – Mulher, esposa, mãe e profissional do agro. Essa é Roselma dos Santos Nascimento, 41, técnica de campo da Assistência Técnica e Gerencial do Senar no projeto Fip Paisagens Rurais no Maranhão.
Roselma vem de uma família rural de Imperatriz (MA) e foi criada na fazenda, na beira do Rio Tocantins, “onde desde muito novinha” aprendeu a plantar e cuidar dos animais.
Após perder a mãe quando tinha apenas 11 anos, a técnica de campo conta que descobriu uma força interior muito grande para suportar a dor, correr atrás dos estudos e fazer a diferença dentro da família.
E foi “com a benção da avó” que Roselma fez a seleção para a Escola Agrotécnica Federal de Araguatins (TO), hoje Instituto Federal do Tocantins. “Minha primeira vitória e um divisor de águas na minha vida”.
Na escola técnica, Roselma teve uma certeza: suas raízes estavam fincadas no campo. Depois de se formar, trabalhou em instituições privadas como técnica e fez graduação em Serviço Social e na área da saúde, porém nunca atuou nessas áreas. “Sempre vivi da profissão técnica.”
Roselma trabalhou também como instrutora do Senar Tocantins no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e iniciou como técnica de campo em 2013 na região do Matopiba. “O Senar mudou minha vida profissional. Trouxe dignidade e muitas conquistas como a reforma da minha casa, um carro novo e qualidade de vida para minha família.”
No Fip Paisagens Rurais desde 2019, a técnica de campo afirma que o projeto tem sido desafiador em todos os sentidos. Um desses desafios é a distância de mais de 400 quilômetros de sua casa em Imperatriz até Presidente Dutra.
“Ter que partir e deixar filha e marido é muito duro. Mas o que compensa é quando você vê a transformação que seu trabalho proporciona na vida das famílias atendidas pela Assistência Técnica e Gerencial, produtores que passam a gerenciar melhor sua atividade, têm um incremento na receita financeira, ajudam na sustentabilidade e na proteção do meio ambiente”.
O amor pelo agro e a força de vontade não deixam Roselma desistir. “Sou uma profissional que ama ser do agro, que se sente viva e feliz em poder ajudar e ser ajudada. Um dia um produtor atendido pelo projeto Fip Paisagens Rurais me disse: ‘doutora, quem tem vontade já tem a metade’. É isso que tenho levado comigo. Não desistir dos sonhos e dos projetos de vida. Escolhi não ser vítima da vida e seguir em frente. Quando minha filha diz ‘quero ser igual a mamãe’ tudo faz sentido”.
Assessoria de Comunicação CNA