A China aumentou de 35,5% para 37,1% sua participação nas exportações do agronegócio brasileiro, que totalizaram US$ 83 bilhões no primeiro semestre deste ano. No período, as vendas para o país asiático somaram US$ 30,686 bilhões, de acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Para se ter uma ideia da importância do mercado chinês para o agro brasileiro, de janeiro a julho, as exportações para os chineses cresceram 8,6%, comparativamente com o mesmo período do ano passado e totalizaram US$ 30,686 bilhões. Essa cifra é superior ao total exportado para o conjunto dos outros quinze maiores importadores de produtos agrícolas brasileiros, que neste ano somaram pouco mais de US$ 28,7 bilhões.
Depois do país asiático, os principais mercados para os produtos agrícolas brasileiros foram: Estados Unidos (US$ 4,730 bilhões); Países Baixos (US$ 2,691 bilhões); Argentina (US$ 2,374 bilhões); Tailândia (US$ 1,941 bilhão); Japão (US$ 1,935 bilhão); Espanha (US$ 1,932 bilhão); México (US$ 1,574 bilhão); Coreia do Sul (US$ 1,560 bilhão); Arábia Saudita (US$ 1,500 bilhão); e Indonésia (US$ 1,462 bilhão).
A soja em grãos, responsável por 46% de todo o volume exportado para o mercado chinês, foi o produto que mais contribuiu para a expansão das vendas para o gigante asiático, gerando uma receia de US$ 23,1 bilhões, com uma alta de US$ 2,8 bilhões a mais que o valor embarcado no mesmo período do ano passado.
Outros grandes importadores da soja em grãos brasileira foram: União Europeia (US$ 2,24 bilhões e queda de -30,1% em relação a 2022); Argentina (US$ 1,55 bilhão e forte aumento de +1.156,4%); Tailândia (US$ 897 milhões); e Turquia (US$ 788 milhões).
Um dado interessante: principal importador da soja em grãos brasileira, a China não figura no ranking dos maiores compradores de farelo e óleo de soja. Com vendas totais de US$ 5,77 bilhões, o farelo de soja, que juntamente com o óleo têm maior valor agregado que a oleaginosa sem nenhum beneficiamento, teve como destinos principais a União Europeia (US$ 2,74 bilhões); Tailândia (US$ 944 milhões); Indonésia (US$ 836 milhões); Vietnã (US$ 331 milhões); e Coreia do Sul (US$ 284 milhões).
As vendas de óleo de soja alcançaram a cifra de US$ 1,64 bilhão (queda de 20,4% em relação aos seis primeiros meses de 2023). A redução da receita deveu-se à queda de -31,1% nos preços internacionais do produto, que não foi compensada pela alta de +15,5% no volume embarcado para o exterior. As importações chinesas se limitaram a 133 mil toneladas, alta de 57% comparativamente ao primeiro semestre do ano passado.
Pauta agrícola ampliada
Os dados do Mapa mostram uma maior diversificação das exportações agrícolas para o mercado chinês, e o milho foi um dos principais destaques. No primeiro semestre, as vendas somaram 1,34 milhão de toneladas, com uma receita de US$ 374 milhões. Vale registrar que no primeiro trimestre deste ano a China não fez nenhuma compra do produto brasileiro.
Além do milho, os chineses também ampliaram as importações de amendoim e óleo de amendoim e dobraram as compras de café verde, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). As importações de café não torrado somaram 19,3 mil toneladas no primeiro semestre do ano.