Conversão de pastagens em áreas agrícolas de alta produtividade é um dos principais impulsionadores dessa valorização no Tocantins
– Foto: Seagro/Governo do Tocantins
A valorização das terras no Tocantins está em ascensão, sendo impulsionada pelo crescimento exponencial da área de soja plantada na última década. O Governo do Tocantins tem desempenhado um papel crucial nesse cenário, investindo em infraestrutura como estradas de qualidade, incluindo as vicinais; e construção de pontes que facilitam o escoamento da produção agrícola.
Por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), o Governo do Tocantins apoia ativamente o setor produtivo com iniciativas como a realização da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins), evento anual que proporciona, aos produtores, a oportunidade de negociar com os melhores preços. Além disso, busca fortalecer a assistência técnica com a realização de eventos, seminários e cursos para capacitação dos agricultores do nosso estado.
Dados
De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área destinada à soja no Estado cresceu mais de 71% na última década, passando de 846 mil hectares para mais de 1,45 milhão de hectares, refletindo a crescente demanda e o interesse por novas áreas para cultivo.
O aumento significativo no preço da soja também acompanha essa tendência. O engenheiro agrônomo da Seagro, Thadeu Teixeira Júnior, explica que, em julho de 2015, a saca era comercializada a R$ 64,00, enquanto no mesmo período de 2024, alcança R$ 123,00 por saca. Esse crescimento é motivado pela demanda global crescente, especialmente da China, apesar das variações que situam o preço entre R$ 55,70 e R$ 198,95 durante esse intervalo.
“A lógica tradicional de oferta e demanda também se aplica à valorização das terras. Com o aumento da área de cultivo de soja, as terras no Tocantins experimentaram uma valorização expressiva, variando conforme localização, qualidade do solo e proximidade de infraestruturas essenciais como estradas e a Ferrovia Norte-Sul”, destaca o engenheiro agrônomo.
Valorização
Segundo o Índice Geral de Preços (IGP-M) da Terra, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o valor médio de um hectare de terra no Estado aumentou de R$ 5 mil em 2014 para R$ 15 mil em 2024, representando um aumento real de 200% ao longo da década. Em âmbito nacional, a valorização média foi de 130% em diversas regiões do Brasil no mesmo período.
A conversão de pastagens em áreas agrícolas de alta produtividade é um dos principais impulsionadores dessa valorização no Tocantins, aumentando significativamente o potencial de retorno sobre o investimento. “Segundo informações de levantamento da Seagro e corretores locais, os preços das terras variam de R$ 5 mil a R$ 50 mil por hectare, dependendo da região e das condições específicas. No Estado, já temos áreas que valem mais de 50 mil, conforme dados técnicos”, ressalta Thadeu Teixeira Júnior.
“Mesmo com a valorização, as terras tocantinenses continuam sendo uma opção atrativa, comparativamente mais acessíveis do que em outros centros produtivos do país, o que tem atraído empresas, grupos, cooperativas e produtores interessados em expandir suas operações no Estado”, finaliza o engenheiro agrônomo.
Ponte de Porto Nacional
Localizada estrategicamente sobre o Rio Tocantins, a Ponte de Porto Nacional se destaca como um elo vital na infraestrutura de transporte do Estado, desempenhando um papel fundamental na expansão do setor agrícola, especialmente para os produtores de soja, ao reduzir custos logísticos, encurtar distâncias e agilizar o escoamento da produção agrícola, conectando diretamente áreas de cultivo às principais vias de transporte.
Com um total de 90 vigas que compõem sua imponente estrutura, a ponte foi uma iniciativa financiada pelo Governo do Tocantins em colaboração com o Banco de Brasília, representando um investimento total de R$ 149 milhões. Estendendo-se por 1.088 metros, além dos encabeçamentos de 200 metros de cada lado, totalizando 1.488 metros, a ponte facilita significativamente o fluxo de pessoas e mercadorias entre diferentes regiões do Estado.