A primeira quinzena de junho foi marcada por quedas nos preços da carne bovina, especificamente da carcaça casada do boi, negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo. Essa redução nos valores foi resultado da pressão vinda da maior oferta de animais para abate. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços chegaram a operar a R$ 17,08 por quilo no início deste mês, atingindo um patamar nominal que não era observado desde o final de dezembro de 2020.
No entanto, de forma atípica para o período, as cotações da carne bovina passaram a reagir nesta segunda quinzena, registrando um movimento de alta. Atualmente, a carne já opera em torno de R$ 17,30 por quilo nesta semana. Segundo agentes consultados pelo Cepea, esse aumento nos preços está relacionado a ajustes de estoques tanto na indústria quanto no varejo.
Além disso, as exportações de carne bovina estão em ritmo intenso, o que também contribui para reduzir a disponibilidade interna do produto. Com a demanda externa aquecida, as empresas do setor têm direcionado uma parcela significativa de sua produção para atender a mercados internacionais, o que acaba influenciando a oferta no mercado interno.
O movimento de alta nos preços da carne bovina nesta segunda quinzena de junho traz certo alívio para os produtores, que viram suas margens se reduzirem com a queda nas cotações no início do mês. No entanto, é importante ressaltar que esse cenário pode ser volátil, sujeito a variações de acordo com as condições de oferta e demanda tanto no mercado doméstico quanto no externo.
Os ajustes de estoques na indústria e no varejo são fatores importantes a serem monitorados, pois podem impactar diretamente os preços da carne bovina nos próximos meses. A disponibilidade interna do produto também estará sujeita à dinâmica das exportações, que continuam em destaque. O setor deve estar preparado para lidar com essas flutuações e buscar estratégias que garantam a sustentabilidade e a rentabilidade dos negócios.
Enquanto os preços da carne bovina reagem nesta segunda quinzena de junho, cabe aos agentes do mercado acompanhar de perto as tendências e se adaptar às mudanças. A incerteza quanto à evolução da oferta e da demanda continuará sendo um desafio para os atores envolvidos na cadeia da carne bovina, exigindo análises criteriosas e ações estratégicas para enfrentar os possíveis cenários futuros.