A inovação junto aos cooperados está entre os principais pilares da Frísia Cooperativa Agroindustrial. Com sete anos de atuação no Tocantins, a fim de promover a elevação de ganho e qualidade de plantio aos produtores, a cooperativa instaurou no último ano a pecuária de corte em seu portfólio de negócios locais. Cerca de um ano depois, o sistema de integração lavoura-pecuária (ILP), vem sendo uma alternativa viável para mais de dez produtores agrícolas, cuja criação total chega a sete mil cabeças de gado, com uma média de 2,5 a 3 unidades animais (UAs) por hectare; cada unidade animal corresponde a um bovino de 450 quilos.
Entre os benefícios na adesão do negócio estão diversificação de atividades dentro da propriedade, melhora no equilíbrio de fluxo de caixa, formação de palhada de qualidade para plantio direto, melhoria do solo com o depósito de esterco e a quebra do ciclo de pragas da lavoura. Alex Xavier, zootecnista da Frísia no Tocantins, explica que o objetivo é fazer com que os cooperadores gerem renda durante todo o ano. “No período que a fazenda não tem cultura de soja e nem de milho, entra-se com a braquiária (capim rasteiro), para fazer a cobertura do solo e aí aproveitamos essa forragem para criar um pasto temporário e fazer uma terceira safra, com o gado”, detalha o especialista.
A coordenadora comercial da cooperativa no Tocantins, Érica Lima, destaca que em tempos difíceis para os produtores, nos quais as contas não fecham devido à rentabilidade apertada no cenário de grãos, a pecuária de corte oferece a oportunidade de investir em outra cadeia e reduzir os riscos de depender apenas da cadeia de grãos. “Portanto, o objetivo da Frísia é trabalhar para melhorar a rentabilidade do cooperado e buscar alternativas para que, em anos difíceis, haja opções de investimento”, destaca.
Érica ressalta ainda que, embora seja um projeto recente, ele já está trazendo resultados positivos para os cooperados. “A pecuária de corte possui a vantagem de ser abordada em três segmentos: cria, recria e engorda. É uma opção ótima, já que o mercado de carne não para”, afirma a coordenadora.
O zootecnista frisa que a cooperativa auxilia o cooperado em vários processos, desde acompanhamento zootécnico, financeiros e indicadores, até planejamentos nutricionais, forrageiros, calendários vacinais, programações de fármacos, produtos disponibilizados na loja agropecuária e capacitação de mão de obra. “Nós ainda orientamos os cooperados em relação à compra e venda do gado. O cenário da pecuária de corte atualmente não está diferente de outras commodities, com queda no valor da arroba. Então, é preciso saber fazer os negócios na hora certa”, afirma Alex.
“Estamos sempre a postos para acompanhar o cooperado em todos estes processos. A pecuária de corte é atividade relevante no Tocantins, desta forma, contribuímos também com o melhoramento genético e aumento no número de animais destinados à exportação, por ser um ciclo rápido dentro das fazendas”, conclui Xavier.
O produtor e cooperado da Frísia, Edson Kungel, possui uma propriedade em Dois Irmãos do Tocantins e trabalha com o cultivo de grãos e com gado de corte há bastante tempo. O empresário aponta que a introdução recente da integração lavoura-pecuária em sua propriedade, agora com o apoio da Frísia, fez grande diferença. “Nós reduzimos os custos, pois não precisamos gastar com rolo faca [que consiste em derrubar e picar os restos das culturas antecessoras], já que o gado faz este papel e, ainda, temos uma maior taxa de engorda. O apoio da cooperativa tanto na parte técnica quanto nos demais acompanhamentos ajuda muito em todo o processo”, relata.
Frísia no Tocantins
No Estado desde 2016, a Frísia conta hoje com 152 cooperados e cerca de 70 colaboradores no Estado. A cooperativa agroindustrial oferece ao produtor rural inúmeras vantagens competitivas perante o mercado e permite que ele tenha mais facilidade na administração dos seus negócios, aumentando as condições para o sucesso das atividades. A cooperativa atua também no Paraná, com mais de mil associados, sendo a cooperativa de produção mais antiga do estado.