Estado de emergência provocado pela influenza aviária acende alerta no Tocantins

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou estado de emergência zoossanitária em todo o país após a confirmação de três novos casos positivos de influenza aviária em aves silvestres no Brasil. A portaria do Mapa foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

 

A medida vale por 180 dias e, de acordo com o Mapa, é mais uma ação para evitar que a doença chegue na criação de aves para subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.

 

De acordo com o ministro da agricultura e pecuária, Carlos Fávaro, disse que “a declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais. Todo esse processo é para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessário para executar as ações de emergência visando a não propagação da doença”.

 

Alerta no Tocantins

A Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) informou que já tem feito campanhas educativas com repasse de orientações aos produtores através de educação sanitária. “A declaração de emergência acende um alerta amarelo no estado. Devemos redobrar a vigilância para a gripe aviária, principalmente na avicultura industrial, onde o produtor deve reforçar a biosseguridade das instalações. Qualquer criador de aves, independente de espécie ou finalidade da criação, deve notificar à Adapec a ocorrência de enfermidades ou mortalidade em seu plantel”, informou a agência em nota.

 

Não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial. 

 

A Adapec também orienta a população em geral para não tocar em aves doentes ou mortas e comunicar o caso imediatamente ao órgão pelo Disk Defesa: 0800 063 1122.

 

Novos casos

No início desta semana, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no estado de Espírito Santo, que estavam em investigações desde a semana passada.

 

As aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) foram encontradas nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória.

 

Até o momento, são oito casos confirmados em aves silvestres, sendo sete no estado do Espírito Santo (três ainda aguardando o sequenciamento), nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim, e um caso no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra.

 

As aves são das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).

 

Feiras com aglomeração de aves

A Portaria nº 587 também prorroga, por tempo indeterminado, a vigência da suspensão de realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves e a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados no Mapa.

 

A medida se aplica a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades.

 

Centro de Operações de Emergência

A Secretaria de Defesa Agropecuária instalou o Centro de Operações de Emergência (COE) para coordenação, planejamento, avaliação e controle das ações nacionais referente a influenza aviária.

 

O grupo será responsável pela coordenação das ações de prevenção, vigilância e cuidado com saúde pública, bem como a articulação das informações entre outros ministérios, órgãos, agências estaduais e setor privado.

Fonte: Tocantins Rural