Já a produção do feijão deve se manter em patamares parecidos aos das últimas 3 décadas, com 2,9 milhões de toneladas.
Segundo especialistas, a falta de incentivos ao plantio de arroz e feijão pode trazer riscos para a segurança alimentar e aumentar o preço desses produtos.
Avanço da soja e milho
Por outro lado, a expectativa é que a produção de todos os tipos de grão alcance uma alta histórica, com 310 milhões de toneladas.
Esse número é impulsionado pela soja e milho, matérias-primas para a indústria que são negociadas em bolsas de valores internacionais e exportadas como ração para animais de criação, como bois e porcos.
Já o arroz e o feijão, produzidos em boa parte pela agricultura familiar, são focados em abastecer o mercado brasileiro. Seus preços variam de acordo com o tamanho da produção, procura e negociações entre agricultores e a indústria.
Por que caiu a produção?
A queda da produção do arroz e feijão acompanha a redução da área plantada dessas culturas, estimada em 30% nos últimos 16 anos. No mesmo período, a de soja quase dobrou (+86%), ao passo que o milho avançou 66%.
Essa disputa por espaço entre as culturas é apontada como o principal motivo por trás da perda do protagonismo do arroz e feijão. Outra causa é a diminuição do consumo desses grãos.Apesar da queda da área plantada, o aumento da produtividade faz com que esteja faltando arroz e feijão nos supermercados. Fonte: G1