Região do Bico do Papagaio, extremo norte do Tocantins, desponta como novo polo de piscicultura no Estado

Fonte: IBGE Pesquisa da Pecuárias Municipal (dados preliminares 2021) | Com informações do Anuário da PEIXEBR da Piscicultura
– Foto: Foto Jefferson Araujo/Governo do Tocantins

A região do Bico do Papagaio, extremo norte do Tocantins, desponta como novo polo de produção de peixes, segundo a publicação do Anuário Peixe BR da Piscicultura 2023, em levantamento realizado pela Peixe BR (Associação Brasileira da Piscicultura) no ano de 2022.

Conforme o anuário, os maiores produtores de pescado no Estado estão nas regiões sudeste, do Bico do Papagaio, do Centro e do norte. Na ordem por produtividade estão: Almas (sudeste), Sítio Novo do Tocantins (Bico), Dianópolis (sudeste), Porto Nacional (Central), Maurilândia (Bico), São Miguel (Bico), Itaguatins (Bico), Ipueiras (centro), Brejinho de Nazaré (Centro) e Guaraí (norte).

Quando comparado ao ano de 2021, o município de Almas permanece como o maior produtor; e Sítio Novo subiu para a segunda posição, à frente de Dianópolis, que ficou em 3°; Porto Nacional, Maurilândia e São Miguel ocupam as mesmas posições. Já as cidades de Palmas e Pindorama saíram das primeiras colocações para Itaguatins e Ipueiras. Guaraí continua na lista dos dez, mas caiu de 8° para 10°.

O gerente de Pesca do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Andrey Costa, afirma que esse crescimento da região do Bico do Papagaio ocorreu devido à implantação de grandes projetos na região associada à execução das ações do Plano de Desenvolvimento da Piscicultura. “Esses projetos oportunizaram o crescimento dos pequenos e médios piscicultores por meio do desenvolvimento de toda a cadeia produtiva da região, desde o acesso aos insumos, como ração e alevinos, até as vias de comercialização, onde os grandes produtores abriram as vias de comercialização e os produtores pequenos puderam fazer também a comercialização de seus produtos; ao trabalho de assistência técnica e extensão rural e às políticas públicas de incentivo, que desburocratizou o licenciamento ambiental, isentou o ICMS de pescado e proporcionou a emissão de nota fiscal e GTA digital, dando mais conforto e agilidade aos produtores, além de segurança jurídica aos novos investidores”, explica.

No Brasil e no Tocantins, o cultivo de peixe continua em crescimento. Este ano, o aumento nacional foi de 2,3%, com uma produção de 860.355 toneladas (t) e, no Tocantins, o crescimento foi de 6,7% em relação ao ano anterior, com produção de 17.350 toneladas. Apesar do aumento, ano após ano, o Estado continua ocupando a mesma 18ª posição no ranking nacional por três anos consecutivos. Já os principais produtores são Paraná, com 194.100 toneladas; São Paulo com 83.400 toneladas; e Rondônia com 57.200 toneladas.

Ainda conforme o levantamento, a tilápia continua a ser o peixe mais cultivado, representando cerca de 64% do volume; porém na região Norte, inclusive no Tocantins, prevalece o cultivo de peixes nativos. Aqui, o cultivo de peixes amazônicos foi de 16.600 toneladas e apenas 750 toneladas de tilápia.

Com boas expectativas, o Governo do Tocantins, por meio do Ruraltins, tem firmado parcerias institucionais para alavancar essa atividade no Estado. O presidente do Ruraltins, Washington Ayres, destaca as políticas públicas para fomentar a piscicultura no Estado. “Em 2023, estamos ainda mais atuantes e motivados a contribuir para que o Tocantins continue crescendo. Hoje, o Estado tem as leis mais acessíveis e atrativas para atividade de piscicultura e, aliado a isso, o Governo oferece ainda linha de crédito e assistência técnica aos produtores interessados no cultivo de peixes para fomentar a Rota do Pescado, uma estratégia de desenvolvimento da produção ao escoamento do produto. E principalmente, criou a Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura, uma pasta que é nossa parceira no objetivo de fomentar e desenvolver essa importante cadeia produtiva”, enfatiza Washington Ayres.


Legenda da imagem.

Fonte: Governo do Tocantins