O mercado físico do boi gordo deparou-se com um comportamento misto nos preços na retomada dos negócios após o feriado de Carnaval.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, ao longo da semana, a indústria frigorífica ainda sinalizou uma posição confortável em seus estoques, mesmo em um período mais lento em termos de negócios.
O analista destaca que o escoamento da carne foi satisfatório no decorrer da primeira quinzena de fevereiro, com a elevação dos preços durante o período.
O fato de os pecuaristas ainda se depararem com uma boa capacidade de retenção de animais no pasto, cadenciando o ritmo de negócios, possibilitou uma contenção dos movimentos mais agressivos de queda nas cotações do boi gordo.
Os preços por arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização:
- São Paulo (Capital): R$ 240
- Goiás (Goiânia): R$ 225 (queda de 0,88%)
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 240 (inalterado)
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 230 (inalterado)
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 215 (alta de 0,47%)
Atacado
Iglesias ressalta que o mercado atacadista apresentou preços acomodados durante a semana, embora ainda sejam possíveis novos reajustes de preços no curto prazo, ainda que de maneira comedida.
Ele acrescenta que a carne bovina ganhou competitividade nas últimas semanas em comparação com as proteínas concorrentes, especialmente com a carne de frango.
O quarto do traseiro foi precificado a R$ 18,50 por quilo, valor inalterado em relação à semana passada. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 13 por quilo, também sem mudanças em relação à última semana.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 229,857 milhões em fevereiro (7 dias úteis), com média diária de US$ 32,876 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 50,220 mil toneladas, com média diária de 7,174 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.577,00.
Em relação a fevereiro de 2023, houve uma baixa de 3,7% no valor médio diário da exportação, ganho de 2,2% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 5,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.