O levantamento realizado pela ONG APA-TO (Alternativa para a Pequena Agricultura no Tocantins) objetivou compreender melhor os impactos e responder, principalmente, as demandas emergenciais surgidas dos agricultores familiares em decorrência da pandemia. Assim, durante o período de 27 de abril a 15 de maio os representantes das comunidades rurais, os jovens do GT das Juventudes Rurais e do Coletivo da Juventude do MST, responderam via whatsApp, os questionários.
Responderam ao questionário 13 comunidades rurais de povoados, projetos de assentamento, acampamentos, territórios quilombolas e áreas coletivas de uso. As comunidades que participaram do levantamento são dos municípios de São Miguel, Sítio Novo, Axixá, Buriti, Carrasco Bonito, Araguatins e Esperantina.
Nessas comunidades vivem 1.198 famílias, 11% são consideradas do grupo de riscos (são idosos e alguns têm doenças crônicas), um total de 132. De modo geral, as famílias possuem necessidades básicas ou carências, a destacar: dificuldade de acesso a produtos de higiene, falta de alimentos, as pessoas que têm algum tipo de doença não possuem acesso aos medicamentos, além de terem dificuldade de comercializar a produção agroecológica e não terem acesso ao serviço de saúde.
Os dados do levantamento constataram que neste momento, a maioria das comunidades explica que a produção da safra suprirá no máximo até setembro e, “se preocupam pelo fato de não estarem comercializando a produção em função do fechamento dos mercados institucionais e a suspensão das feiras”, destaca o relatório sistematizado da APA-TO. A pesquisa também aponta que os moradores temem que a pandemia possa chegar às comunidades por meio de pessoas de outros estados ou cidades que tenham casos de Covid-19.
A Alternativas para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO) trabalha junto a agricultores familiares utilizando os princípios da agroecologia para construir sistemas produtivos sustentáveis. As bases de seu trabalho são o planejamento e a implementação do desenvolvimento local para pequenos agricultores, a assessoria para a negociação de políticas públicas, a busca de segurança alimentar e geração de renda para famílias de agricultores, a organização do comércio e a formação de lideranças.
(Informações : assessoria APATO)