Diversos peixes foram supostamente descartados às margens do Lago de Palmas. O flagra foi feito por pescadores, mas da modalidade esportiva, na manhã de quinta-feira (16). O caso aconteceu em uma região perto do ribeirão Santa Luzia.
De acordo com um dos pescadores, que preferiu não se identificar, eles estavam na lateral do lago com uma canoa de motor elétrico, quando viram um homem arremessando os pescados em dois pontos às margens do rio.
“Avistamos uma canoa com motor rabeta se aproximando da margem. Aí encostou na beira e desceu da canoa e começou a arremessar alguma coisa no barranco do lago, mas não tinha como identificar o que seria. Passou uns 20 a 30 minutos até que ele saiu do local e foi para um acampamento distante uns 700 metros de onde ele jogou os peixes”, contou.
Eles fizeram fotos e vídeos do local e informaram que colegas tentaram fazer a denúncia pelo canal Linha Verde, do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), mas ligações não foram atendidas. O órgão informou que está apurando as denúncias.
A reclamação vem após a publicação de uma portaria de órgãos de fiscalização que proíbe a atividade de pesca profissional pelo período de um ano no reservatório da Usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, num raio que abrange os municípios de Palmas e Porto Nacional.
Conforme uma cartilha do Naturatins que determina as condições para pesca amadora e esportiva no estado, uma portaria de março de 2022, também proibiu o transporte de pescados por três anos, sendo que a captura ou estocagem por pescadores licenciados não pode passar de três quilos.
O pescador que flagrou a situação disse que também viram um possível acampamento na região, com mais pessoas, mas não se aproximaram do local por não conhecerem.
O que diz o Naturatins
Questionado sobre a situação, o Naturatins informou que uma equipe de fiscalização foi acionada para apurar as denúncias.
Também lembrou que denúncias de crimes ambientais devem ser feitas pela Linha Verde (0800 063 11 55), da 8h às 18h, e Linha Verde Zap, pelo (63) 99106-7787. As informações e identificação do denunciante são mantida em sigilo.
Quem pescar em locais proibidos está sujeito a multas que vão de R$ 700 a R$ 100 mil e até detenção.
Fonte: G1
