As mudanças climáticas aparecem como o principal risco. Além das variações de temperaturas, a maior ocorrência de eventos extremos (como fortes geadas, variações de temperatura fora de época ou chuvas volumosas) aumentam a imprevisibilidade climática e impactam na produtividade no campo. Estes fatores também refletem nos investimentos e movimentos financeiros de empresas, bancos e outras entidades – como a concessão de crédito rural. Com esta constatação, fica clara a importância de as empresas estarem informadas sobre o clima, mudanças climáticas e seus impactos na produção e nos movimentos financeiros.
O segundo fator de risco foram os gargalos de infraestrutura (limitação dos modais de transporte, custo logístico, falta de armazenagem na cadeia), visto que prejudicam a competitividade dos produtos, eleva o custo de produção e resulta em perdas durante o transporte.
O terceiro fator elencado pela EY foi a agricultura de baixo carbono, que no caso é uma oportunidade que deve se tornar uma prática cada vez mais urgente no Brasil. Para isso, o plantio direto, a recuperação de pastagens degradadas, o tratamento de dejetos animais e a integração lavoura-pecuária-florestas são alguns dos caminhos possíveis, sem descartar a necessidade de fontes de financiamento de práticas sustentáveis.
Os outros riscos e oportunidades que compõem o estudo completo são produtividade e custos; restrição ao uso de agroquímicos; ética e compliance; intervenção governamental e reformas regulatórias; qualificação da mão de obra e cultura inovadora; rentabilidade e variação cambial; e profissionalização e evolução da governança. Fonte: Agrolink