Marília Iêlita Naves atua na empresa Terra Forte na consultoria de projetos agropecuários
– Foto: Seagro/Governo do Tocantins
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seagro), neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, destaca o protagonismo das mulheres (empreendedoras) para o desenvolvimento do agronegócio tocantinense. Aos poucos, elas vão conquistando espaço e demonstrando competência para atuar no campo. Cada vez mais, elas se fazem presente como, pecuaristas, pesquisadoras, produtoras, agricultoras, agroextrativistas e empreendedoras nas diversas atividades rurais.
Dados divulgados pelo Censo Agropecuário de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge) revelam que das mais de 15 milhões de pessoas que atuam no campo, 19% são mulheres. A pesquisa mostra também que, de cada 10 chefes de fazenda, pelo menos dois cargos têm no comando o público feminino. Outro dado aponta que a maioria das mulheres que tocam as propriedades sozinhas ou em parcerias tem idade entre 25 e 45 anos.
Inserção
No Tocantins, as mulheres são protagonistas, fazendo parte dessa força feminina, na busca de espaço e independência no agronegócio, a exemplo da consultora especializada na empresa Terra Forte, Marília Iêlita Naves Braudes, atuando há 12 anos no ramo do agronegócio. “Prestamos serviço agropecuário, tanto para pecuária, tanto para agricultura, temos soluções completas e, entregamos soluções reais aos produtores e agricultores”, explicou.
A consultora explica ainda que o agronegócio no Tocantins é referência nacional, seja em tecnologia ou em investimentos e resultados, existindo uma parcela expressiva de mulheres que lideram o ranking no agronegócio em todo o Brasil. “Digo isso, por que tive a imensa oportunidade de participar do encontro Nacional de Mulheres do Agronegócio e, o Estado do Tocantins foi muito bem representado por várias mulheres de resultado. Nós estamos fazendo história e, existem sim, muitas mulheres de fibra, as quais tenho grande admiração”, enfatizou a consultora Marília Iêlita.
Agroextrativistas
O agroextrativismo é uma atividade que vem despertando o interesse das mulheres rurais na comercialização dos produtos naturais (baru, jatobá, cagaita, pequi, macaúba, entre outros). A agroextrativista do município de Marianópolis, região central do Estado, Zilma Cunha é uma das que atua neste segmento. “Temos um papel importante e essencial para que possamos promover o desenvolvimento rural sustentável territorial, contribuindo na produtividade das cadeias do agronegócio tocantinense”, definiu.
Dona Zilma Cunha já comercializa seus produtos oriundos dos frutos naturais (bolos, conservas, licores, doces e demais), em feiras, projetos governamentais e mercados locais. “A intenção é que, nós agricultoras e agroextrativistas possamos nos organizar ainda mais para expandir nossa comercialização dos produtos”, projetou.
De acordo com a engenheira agrônoma da Seagro, Francisca Marta Barbosa, as mulheres estão atuando cada vez mais nas atividades rurais, visando à produção da qualidade e comercialização dos produtos. “No Tocantins são mais de 43 mil famílias da agricultura familiar, neste contexto, a mulher tem um papel fundamental, são elas que, além de cuidar das famílias estão produzindo em hortas agroecológicas, participando da sociobiodiversidade, com seus produtos extrativistas aqui no Tocantins, mas também projetos de plantas medicinais, bioeconomia, economia solitária. Cerca de 90% destas atividades são feitas por mulheres, sendo importante da comida saudável à mesa do tocantinense. Este dia, 8 de março devemos reconhecer o valor destas mulheres que trabalham no campo”, detalhou.
Agrotins 2023
Este ano, a Seagro organiza mais uma vez a participação de 68 mulheres agroextrativistas, na Feira de Tecnologia Agropecuária (Agrotins 2023), de 16 a 18 de maio, no Parque Agrotecnológico Engenheiro Agrônomo Mauro Medanha, em Palmas, para expor e comercializar seus produtos extraídos do baru, buriti, pequi, jatobá, macaúba, jaca, entre outros.
Na ocasião elas participam de oficinas para ensiná-las a processar os produtos naturais como forma de incentivo ao aproveitamento dos frutos do cerrado.