Governo do Tocantins alerta produtores para controle da cigarrinha do milho

Cigarrinha é um inseto-vetor de patógenos, ou seja, não causa danos expressivos diretamente, mas de forma indireta
– Foto: Ruraltins/Governo do Tocantins

Em alerta aos danos que a cigarrinha do milho podem causar nas lavouras, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro) e da Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec/TO), e a Embrapa, Pesca e Aquicultura se reuniram para debater sobre a proliferação da cigarrinha do milho nas lavouras tocantinenses.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Seagro, Thadeu Teixeira, essa foi a primeira reunião do Comitê de combate às pragas (cigarrinha do milho), formado por instituições públicas e privadas que estão ligadas ao agro tocantinense.

“A intenção é mitigar os problemas que podem trazer a cigarrinha do milho, por meio dos causadores dos enfezamentos. Portanto, inicialmente é um trabalho de conscientização dos produtores em relação à eliminação do milho tiguera [nas lavouras de soja], pois os produtores não têm costume de eliminar o que pode trazer problemas futuros para a cultura do milho como um todo. A princípio, é um trabalho de sensibilização do setor produtivo”, destacou o engenheiro.

Para o gerente de Sanidade Vegetal da Adapec, Marley Camilho, “com esse comitê, estamos propondo algumas ações de combate à cigarrinha do milho. Já vamos dar andamento nas ações no início do plantio da safra. A principal medida é a orientação de todo o setor produtivo na eliminação do milho tiguera que nasce no meio da lavoura de soja, proveniente dos grãos que caíram no momento da colheita da safra. Esse milho ao nascer no meio da soja é a maior fonte para multiplicação da praga. Vamos orientar os produtores quando for o tempo de cultivar o milho e o volume populacional da cigarrinha estiver bem abaixo do esperado”, explicou.

De acordo com o pesquisador da Embrapa, Daniel Fragoso, integrante do Comitê de Manejo da cigarrinha do milho, trata-se de “uma praga com grande potencial para causar dano e prejuízo nas lavouras, principalmente do milho safrinha. Por isso, foi criado esse comitê para reunir as diversas categorias, técnicos, Estado, empresas e Embrapa e Aprosoja. Nesse primeiro momento, discutimos alguns assuntos referentes ao tipo de manejo, frente de atuação para combatermos essa praga muito prejudicial à lavoura do milho”, destacou.

Cigarrinha

A cigarrinha é um inseto-vetor de patógenos, ou seja, não causa danos expressivos diretamente, mas de forma indireta. O dano é causado quando a praga, durante o processo de alimentação, desempenha o papel de transmissora dos patógenos causadores dos enfezamentos pálidos e vermelhos, e da virose do raiado fino no milho.

Fonte: Governo do Tocantins