A BRS Carina tem período de maturação com início, geralmente, na última semana de novembro, no Sul do País, depois das cultivares BRS Cathy e BRS Dani, e antes da cultivar BRS Janita, também desenvolvidas pela Embrapa É uma opção de ciclo médio de produção. Sua casca é brilhante, de vermelho intenso, e seu sabor é doce equilibrado com acidez, sendo atraente aos consumidores. A nova nectarineira amplia as opções de cultivares nacionais no mercado interno. O Brasil é importador de nectarina, e cultivares originárias de outros países ainda são comuns nos locais de produção da fruta. A BRS Carina é a nova cultivar de nectarina lançada pela Embrapa para o mercado de frutas de clima temperado. A novidade está no período de maturação da fruta, sendo uma opção de ciclo médio, com colheita iniciada na última semana do mês de novembro, depois de BRS Cathy e BRS Dani, e antes de BRS Janita, também cultivares desenvolvidas pela Empresa. Além disso, é atraente aos consumidores por apresentar uma casca brilhante, de vermelho intenso, e possuir sabor doce com acidez equilibrada. O produto é resultante do programa de melhoramento genético de frutas de caroço da Embrapa. O interesse do mercado interno pelo cultivo está no aumento da demanda por nectarinas e nas oportunidades de diversificação da produção de frutas e de geração de renda. A época de maturação da nova cultivar é, portanto, complementar às outras recentemente lançadas pela Empresa (BRS Cathy – fim de outubro, BRS Dani – início de novembro, e BRS Janita – segunda dezena de dezembro). As quatro cultivares são produtoras de frutos de bom sabor, excelente formato e têm grande apelo visual. Avaliada em diferentes locais no Sul e Sudeste do Brasil, a BRS Carina demonstrou boa adaptação. “Ela também vem complementar algumas cultivares mais antigas, originárias de outros países e introduzidas no Brasil, que continuam sendo plantadas, uma vez que é uma fruta mais atrativa, com mais coloração, com melhor sabor, e principalmente mais adaptada às condições de cultivo aqui do Brasil”, disse o pesquisador e melhorista genético Rodrigo Franzon, da Embrapa Clima Temperado (RS). Produção brasileira de nectarina A produção brasileira de nectarina ainda não é suficiente para o mercado interno. Os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os principais produtores, embora em escala ainda pequena quando comparada à do pêssego. Entre 2020 e 2024, o Brasil importou, em média, 5,45 mil toneladas de nectarinas anualmente, mas já importou mais de 10 mil toneladas em anos anteriores. Um dos motivos para a pequena área ocupada com essa fruteira era a falta de cultivares bem adaptadas, produtivas e capazes de resultar em frutas de alta qualidade. Com as novas cultivares que estão sendo disponibilizadas à cadeia produtiva de frutas de caroço, essa realidade tende a mudar, aumentando a produção e oferta de nectarinas nacionais. A nectarina é uma fruta sazonal, com o período de produção em território nacional concentrado de novembro a janeiro. O interesse por nectarinas no País é crescente, demonstrando que há oportunidades para o cultivo e mercado internos. Essas oportunidades se estendem à pesquisa agropecuária, em busca de novas variedades que possam superar os desafios logísticos e climáticos, garantindo a sustentabilidade do setor. Três frutas de caroço A nectarina é, na verdade, uma variedade do pêssego. A principal diferença está na casca: a do pêssego é aveludada, a da nectarina é lisa e brilhante. Em geral, assim como o pêssego, a nectarina é fruta rica em nutrientes, vitaminas, minerais e tem baixo valor calórico e baixo índice glicêmico. Embora as propriedades nutricionais sejam muito parecidas, ela pode ser ligeiramente mais doce e ter maior concentração de vitamina C, vitamina A e potássio. “Nectarinas são frutas que se adequam muito bem à dieta alimentar. E, também são ricas em compostos benéficos à saúde, como antioxidantes e compostos fenólicos. São frutas sem pilosidade, sendo de mais fácil consumo porque não há necessidade de serem descascadas”, comentou Frazon. Confira suas principais características: Pêssego ● Casca: aveludada, com pelos. ● Sabor: geralmente adocicado. ● Nutrição: rico em vitaminas A e C, potássio e fibras. Nectarina ● Casca: lisa e brilhante, sem pelos. ● Sabor: adocicado e suculento, muitas vezes mais doce que o pêssego. ● Nutrição: similar ao pêssego, mas pode ter mais vitamina C, vitamina A e potássio, além de ser mais rica em folato e vitaminas do complexo B. Ameixa ● Casca: lisa, fina e brilhante, com coloração que pode variar do vermelho ao roxo. ● Sabor: varia de doce a doce-acidulado e agridoce. ● Nutrição: possui alto poder antioxidante e é fonte de fibras, potássio e vitaminas. Características agronômicas A BRS Carina foi testada como Necta 508, obtida do cruzamento entre as cultivares Sunred e Rayon. É adaptada às Regiões Sul e Sudeste do Brasil. Precisa entre 200 e 300 horas de frio (≤ 7,2 °C). Suas plantas possuem um vigor médio e a sua floração ocorre, geralmente, entre o fim de julho e início de agosto e a colheita começa na última semana de novembro, podendo variar dependendo do local de plantio. As frutas possuem peso médio entre 80 e 110 g, com diâmetro médio entre 5,5 e 6,5 cm, tem boa firmeza, um Brix (escala numérica que basicamente indica a quantidade totais de açúcares ou sacarose na fruta), que varia entre 11 e 17 °Brix. A sua película é de cor amarelo-esverdeada, com mais de 90% de cobertura em vermelho intenso. A polpa amarela pode apresentar traços de vermelho ao redor do caroço, que é semilivre. Possui sabor doce-ácido e sua produtividade supera a 20 toneladas por hectare, podendo ser maior do que 30 toneladas por hectare, dependendo da região de cultivo e do manejo do pomar. Cultivar foi lançada em dia de campo O lançamento da nova cultivar ocorreu no dia 27 de novembro, na propriedade do produtor José Nichetti (de chapéu, na foto), localizada na Linha Rio Branco, interior de Pinto Bandeira (RS). O evento, uma parceria entre a Embrapa, a Associação dos Produtores de Frutas de Pinto Bandeira (Asprofruta) e a empresa Silvestrin Frutas, foi realizado com o objetivo de divulgar a cultivar de nectarina ao mercado, recomendada para cultivo nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, ofertando mais uma opção de produção de frutas de mesa de alta qualidade.
Foto: Paulo Lanzetta
Avaliada em diferentes locais no Sul e Sudeste do Brasil, a BRS Carina demonstrou boa adaptação
A BRS Carina é a nova cultivar de nectarina lançada pela Embrapa para o mercado de frutas de clima temperado. A novidade está no período de maturação da fruta, sendo uma opção de ciclo médio, com colheita iniciada na última semana do mês de novembro, depois de BRS Cathy e BRS Dani, e antes de BRS Janita, também cultivares desenvolvidas pela Empresa. Além disso, é atraente aos consumidores por apresentar uma casca brilhante, de vermelho intenso, e possuir sabor doce com acidez equilibrada. O produto é resultante do programa de melhoramento genético de frutas de caroço da Embrapa. O interesse do mercado interno pelo cultivo está no aumento da demanda por nectarinas e nas oportunidades de diversificação da produção de frutas e de geração de renda.
A época de maturação da nova cultivar é, portanto, complementar às outras recentemente lançadas pela Empresa (BRS Cathy – fim de outubro, BRS Dani – início de novembro, e BRS Janita – segunda dezena de dezembro). As quatro cultivares são produtoras de frutos de bom sabor, excelente formato e têm grande apelo visual. Avaliada em diferentes locais no Sul e Sudeste do Brasil, a BRS Carina demonstrou boa adaptação. “Ela também vem complementar algumas cultivares mais antigas, originárias de outros países e introduzidas no Brasil, que continuam sendo plantadas, uma vez que é uma fruta mais atrativa, com mais coloração, com melhor sabor, e principalmente mais adaptada às condições de cultivo aqui do Brasil”, disse o pesquisador e melhorista genético Rodrigo Franzon, da Embrapa Clima Temperado (RS).
Produção brasileira de nectarina
A produção brasileira de nectarina ainda não é suficiente para o mercado interno. Os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os principais produtores, embora em escala ainda pequena quando comparada à do pêssego. Entre 2020 e 2024, o Brasil importou, em média, 5,45 mil toneladas de nectarinas anualmente, mas já importou mais de 10 mil toneladas em anos anteriores.
Um dos motivos para a pequena área ocupada com essa fruteira era a falta de cultivares bem adaptadas, produtivas e capazes de resultar em frutas de alta qualidade. Com as novas cultivares que estão sendo disponibilizadas à cadeia produtiva de frutas de caroço, essa realidade tende a mudar, aumentando a produção e oferta de nectarinas nacionais.
A nectarina é uma fruta sazonal, com o período de produção em território nacional concentrado de novembro a janeiro. O interesse por nectarinas no País é crescente, demonstrando que há oportunidades para o cultivo e mercado internos. Essas oportunidades se estendem à pesquisa agropecuária, em busca de novas variedades que possam superar os desafios logísticos e climáticos, garantindo a sustentabilidade do setor.
Três frutas de caroçoA nectarina é, na verdade, uma variedade do pêssego. A principal diferença está na casca: a do pêssego é aveludada, a da nectarina é lisa e brilhante. Em geral, assim como o pêssego, a nectarina é fruta rica em nutrientes, vitaminas, minerais e tem baixo valor calórico e baixo índice glicêmico. Embora as propriedades nutricionais sejam muito parecidas, ela pode ser ligeiramente mais doce e ter maior concentração de vitamina C, vitamina A e potássio. “Nectarinas são frutas que se adequam muito bem à dieta alimentar. E, também são ricas em compostos benéficos à saúde, como antioxidantes e compostos fenólicos. São frutas sem pilosidade, sendo de mais fácil consumo porque não há necessidade de serem descascadas”, comentou Frazon.
Confira suas principais características: Pêssego ● Casca: aveludada, com pelos. ● Sabor: geralmente adocicado. ● Nutrição: rico em vitaminas A e C, potássio e fibras. Nectarina ● Casca: lisa e brilhante, sem pelos. ● Sabor: adocicado e suculento, muitas vezes mais doce que o pêssego. ● Nutrição: similar ao pêssego, mas pode ter mais vitamina C, vitamina A e potássio, além de ser mais rica em folato e vitaminas do complexo B. Ameixa ● Casca: lisa, fina e brilhante, com coloração que pode variar do vermelho ao roxo. ● Sabor: varia de doce a doce-acidulado e agridoce. ● Nutrição: possui alto poder antioxidante e é fonte de fibras, potássio e vitaminas. |
Características agronômicasA BRS Carina foi testada como Necta 508, obtida do cruzamento entre as cultivares Sunred e Rayon. É adaptada às Regiões Sul e Sudeste do Brasil. Precisa entre 200 e 300 horas de frio (≤ 7,2 °C). Suas plantas possuem um vigor médio e a sua floração ocorre, geralmente, entre o fim de julho e início de agosto e a colheita começa na última semana de novembro, podendo variar dependendo do local de plantio. As frutas possuem peso médio entre 80 e 110 g, com diâmetro médio entre 5,5 e 6,5 cm, tem boa firmeza, um Brix (escala numérica que basicamente indica a quantidade totais de açúcares ou sacarose na fruta), que varia entre 11 e 17 °Brix. A sua película é de cor amarelo-esverdeada, com mais de 90% de cobertura em vermelho intenso. A polpa amarela pode apresentar traços de vermelho ao redor do caroço, que é semilivre. Possui sabor doce-ácido e sua produtividade supera a 20 toneladas por hectare, podendo ser maior do que 30 toneladas por hectare, dependendo da região de cultivo e do manejo do pomar. |
Cristiane Betemps (MTb 7418/RS)
Embrapa Clima Temperado
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