Custos de produção e preços em queda: confirma o panorama do 1º semestre das carnes de boi, frango e porco

O primeiro semestre de 2023 revelou cenários distintos no mercado de carnes do Brasil. Os custos de produção da pecuária de corte recuaram, trazendo alívio aos pecuaristas. Enquanto isso, a carne de frango ganhou competitividade com preços em queda. Por outro lado, a carne suína enfrentou baixa demanda e preços em queda, apesar de apresentar crescimento em algumas regiões. Essas dinâmicas refletem as complexidades do setor agropecuário no país. Confira abaixo as informações divulgadas na última quinta-feira, 27, e sexta-feira, 28, pelo Cepea.

 

Cai o custo de produção da carne do boi

Pesquisas realizadas pelo Cepea em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) mostram que, no balanço do primeiro semestre de 2023, os custos de produção da pecuária de corte dos sistemas de cria e de recria-engorda recuaram. Segundo pesquisadores, esse resultado esteve atrelado ao movimento de queda nos preços de insumos para suplementação e dieta do rebanho. Esse cenário traz certo alívio aos pecuaristas, sobretudo diante da queda nos valores de negociação da arroba do boi gordo ao longo deste ano. No acumulado de 2023 (de dezembro/22 até a parcial de julho/23), a média do Indicador do boi gordo CEPEA/B3, estado de São Paulo, registra baixa de 9,04%, em termos reais.

 

Carne de frango mais competitiva

Os preços da carne de frango estão recuando neste mês, de acordo com dados do Cepea. Ao longo de julho, a grande quantidade dessa proteína disponível no mercado interno e a baixa demanda têm pressionado os valores. Nesse cenário e junto às variações nas cotações das proteínas concorrentes (leve baixa para a carne bovina e forte alta para a suína), a proteína avícola vem ganhando competitividade na parcial deste mês frente ao anterior.

 

Preço da carne suína em queda

Os preços do suíno vivo estão em quedas no mercado doméstico. Segundo levantamento do Cepea, esse movimento é resultado da oferta elevada e das fracas vendas da carne, sobretudo nesta segunda quinzena do mês, quando o poder de compra de muitos consumidores brasileiros tipicamente diminui. Esse cenário baixista, porém, não limitou o avanço do preço médio do animal em julho. Na praça de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), a média parcial (até o dia 25) subiu fortes 10,7% frente à de junho, indo a R$ 6,68/kg.

Fonte: Tocantins Rural