No Washington Post de domingo, com a chamada de capa “Exército do Brasil deixou centenas de insurgentes escaparem, dizem autoridades”, em reportagem assinada por Anthony Faiola, Samantha Schmidt e Marina Dias, sobre o domingo anterior, 8 de janeiro, em Brasília:
“Os insurgentes se retiraram para um lugar que haviam feito de santuário: o gramado do lado de fora do quartel-general do Exército. Quando altos funcionários do governo Lula chegaram com o objetivo de garantir a prisão dos insurgentes, depararam-se com tanques e três linhas de militares. ‘Vocês não vão prender pessoas aqui’, disse o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, ao novo ministro da Justiça, Flávio Dino, segundo duas autoridades presentes.”
No registro em português de Dias, em mídia social: “Como o Exército impediu a prisão de vândalos em 8/1? Conseguimos detalhes exclusivos da chegada da trinca Dino-Múcio-Costa ao QG militar naquela noite. Comandante disse a Dino: ‘Vocês não vão prender pessoas aqui’.”
Também em extensa reportagem no fim de semana, o New York Times se concentra nas falhas das autoridades do Distrito Federal, mas avalia que “a violência no coração da capital do Brasil colocou o país talvez em sua conjuntura política mais desafiadora desde que líderes civis substituíram uma ditadura militar de 21 anos em 1985”.
GREENWALD VS. BARROS
O jornalista americano Glenn Greenwald, hoje com programa na plataforma Rumble, foi questionado por Celso Rocha de Barros, colunista da Folha, e ambos devem realizar um debate sobre as críticas feitas pelo primeiro ao Supremo. Diálogo dos dois via Twitter, no sábado, em inglês no original:
“Caro Greenwald, vejo que você gravou um programa expressando o ponto de vista bolsonarista sobre as recentes decisões do STF e a crise política brasileira. Você gostaria de discutir a visão oposta no ar, num debate aberto, sem edição? Eu sou voluntário.”
Greenwald: “Não acho que a preocupação com o poder judicial excessivo, a falta de devido processo legal e a politização do Judiciário sejam valores ‘bolsonaristas’. Aliás, são esses mesmos valores que me fizeram aceitar o risco de ir para a cadeia por reportar sobre a Vaza Jato. Mas fico feliz em debater com qualquer pessoa de boa fé”.
Barros: “O argumento bolsonarista é que se trata de liberdade de expressão, de indivíduos se posicionando contra o poder. É exatamente o oposto. Marque a data”.
PS – Greenwald e Barros acertaram debater na quarta (18) pela TV Folha.
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