Coalizão Vozes do Tocantins marca presença no Acampamento Terra Livre, em Brasília

Estiveram em Brasília entre os dias 23 e 28 de abril mais de 5 mil indígenas para o Acampamento Terra Livre (ATL), entre eles, os membros da Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática, Wanderson Nhino e Alan Apinajé, da Associação Pyka Méx e Ismael Krahô, da Associação Centro Cultural Kàjre. Na ocasião, marcada pela busca por justiça, demarcação e direitos indígenas e ambientais, foi decretada emergência climática.

 

Conforme Alan Apinajé, vice-presidente da Associação Pyka Méx e membro da Coalizão, a luta pela demarcação é fundamental para a segurança dos povos indígenas e a conservação do meio ambiente. “Quem mantém a água limpa, as nascentes, as cabeceiras, a floresta viva, somos nós. Nós sabemos da importância e nós cuidamos sempre. A gente vê o problema do desmatamento aumentando na mídia e temos interesse em preservar, e é importante pra nós a terra demarcada pro bem viver dos nossos povos e pro futuro dos que ainda vão vir”, explica a liderança, que relata que o território Apinajé é apenas parcialmente demarcado.

 

Emergência Climática

 

O decreto de emergência climática é uma iniciativa da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e pauta a importância das demarcações e dos povos indígenas no combate à crise climática. 

O documento apresenta 18 reivindicações a todos os poderes do estado. Entre elas, a demarcação das terras indígenas em todos os biomas, especialmente aquelas que aguardam apenas a fase de homologação; o fortalecimento do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai); a atualização e implementação do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, incluindo os planos de ação para a prevenção e o controle do desmatamento nos biomas e os planos setoriais de mitigação e de adaptação às mudanças climáticas. 

 

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Vozes do Tocantins

 

A Coalizão é composta pelas organizações: Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo Kalunga do Mimoso – Arraias (AKMT), Associação Centro Cultural Kàjre (povo Krahô), Associação Pyka Mex (povo Apinajé), Colônia de Pescadores/as de Araguacema-TO (Copesca), Cooperativa de Trabalho, Prestação de Serviços Assistência Técnica e Extensão Rural (Coopter), Escola Família Agrícola Bico do Papagaio Padre Josimo (EFA – Esperantina), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST – Tocantins), Associação Onça D´água de Apoio às Unidades de Conservação, Universidade Federal do Tocantins (UFT) – Campus Arraias, Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) e Núcleo de Estudos Rurais, Desigualdades e Sistemas Socioecológicos (Neruds).

Fonte: Tocantins Rural