Neste mês de agosto, o mercado de ovos comerciais tem enfrentado um cenário desafiador, com vendas abaixo das expectativas e cotações em declínio. Após uma primeira quinzena com números acima do esperado, a segunda metade do mês trouxe uma redução mais acentuada das vendas, impactando diretamente os preços e pressionando os produtores a buscarem soluções para contornar essa situação.
De acordo com informações fornecidas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as praças avícolas monitoradas estão sentindo os efeitos dessa queda nas vendas e das cotações enfraquecidas. O principal fator apontado por colaboradores do setor é a demanda em baixa. Consumidores têm mostrado uma postura mais cautelosa em relação aos gastos, o que tem resultado em um menor consumo de ovos. Para efetivar novos negócios, os produtores têm recorrido a estratégias de promoções e descontos, buscando atrair a atenção dos compradores em um mercado cada vez mais competitivo.
Além da demanda reduzida, a oferta elevada de ovos tem agravado a situação. Com a produção de ovos comercialmente superando a procura, a pressão sobre os preços se tornou inevitável. Diante desse panorama, alguns produtores têm adotado uma medida drástica: o descarte de poedeiras mais velhas. Essa estratégia tem o intuito de reduzir a disponibilidade do produto no mercado e, consequentemente, sustentar ou mesmo elevar os preços. No entanto, especialistas ponderam que essa tática precisa ser adotada com cuidado, a fim de não comprometer a oferta total no longo prazo.
Conforme uma especialista ouvida pelo Tocantins Rural, que possui uma granja o Estado, na grande realidade vivida por eles não houve uma queda significativa no preço do produto, porque o ovo produzido tem valor agregado. De acordo com ela os valores dos insumos que, geralmente, encarecem o preço final.