O Festival da Macaúba, evento voltado para a promoção do desenvolvimento sustentável e econômico na região do Cerrado, promoveu nesse sábado, 5, em Caseara, a palestra “Associativismo e Cooperativismo” e trouxe à luz o princípio fundamental da cooperação como um caminho para uma nova racionalidade na agricultura familiar.
O palestrante, engenheiro agrônomo José Carlos Moraes, abordou sobre como o associativismo e o cooperativismo podem ser catalisadores de mudança nas comunidade agrícolas. “Quando se pensa em participar, construir uma associação, é preciso resgatar o princípio da cooperação, pensar em ações e direitos coletivos, pensar na dificuldade e nas necessidades do outro”, enfatizou.
O Festival da Macaúba é uma realização do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) e Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), e da Associação das Mulheres Agroextrativistas (AMA) Cantão. Já a AMA Cantão representa as mulheres rurais da Área de Proteção Ambiental Cantão (APA Cantão), uma área de extrema importância ecológica.
O evento teve início na sexta-feira, 5 e encerrou no sábado, 6, cumprindo sua missão de promover o desenvolvimento econômico e sustentável, demonstrando a importância de iniciativas que incentivam a colaboração e a coletividade.
Maria Januária Marinho de Jesus, agroextrativista de Araguacema, é uma das expositoras com produtos do Cerrado, especialmente da macaúba. “Faço parte da AMA há 9 anos e participar desse evento está sendo maravilhoso. Vendemos praticamente todos os produtos. Nós produzimos brigadeiro, cocada, paçoca, e extraímos o óleo do coco, e o que a gente trouxe conseguimos vender tudo. Posso dizer que foi além das nossas expectativas, estamos muitos satisfeitas com o apoio do Governo nesse festival”.
A presidente da AMA, Maria Angela Gomes de Oliveira, também comemora o sucesso do evento, que reuniu 26 expositoras e movimentou a economia local. ” O Festival está fazendo muita diferença para a Associação, porque é o momento que a gente tem de estar mostrando o que a gente faz, não só com a macaúba, mas também com outros produtos da sociobiodiversidade, e aqueles que a gente cultiva em casa, que são as plantas medicinais e as frutas. E esse festival é também uma oportunidade de comercializar nosso produto, e chamar a atenção para a realização de mais eventos como esse. A feira nos surpreendeu, e só temos a agradecer todos os colaboradores que abraçaram a causa”, avaliou.