APA Lago de Palmas realiza primeira ação de plantio de mudas de Buriti em Luzimangues

Foram plantadas 80 mudas de Buriti nesta que foi a primeira ação da APA Lago de Palmas neste ano
– Foto: Naturatins/Governo do Tocantins

A equipe da Área de Proteção Ambiental (APA) Lago de Palmas realizou nesta terça-feira, 9, o plantio de 80 mudas de Buriti (Mauritia flexuosa L) em um braço do Lago de Palmas, localizado no Bairro Orla Ville, nas proximidades da sede da APA, no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional.

O supervisor da APA Lago de Palmas, Abel Andrade, destaca que essa é a primeira ação deste ano, cuja meta é produzir e plantar/doar 2,5 mil mudas de Buriti para recuperação de áreas às margens de córregos no interior da Unidade de Conservação (UC).

Em 2023, a APA Lago de Palmas efetuou o plantio de 1.220 mudas de Buriti. No total geral, entre espécies nativas do Cerrado e frutíferas, a APA produziu 3.750 mudas, que foram utilizadas no plantio em áreas degradadas e doadas para moradores. 

Saiba mais sobre o Buriti (Mauritia flexuosa L.):

Nome científico: Mauritia flexuosaL; Família botânica: Arecaceae; Nomes populares: miriti, miritizeiro, palmeira-do-brejo, buriti- do-brejo, carandá-guassú, moriti, moriche (Venezuela); Palmier bâche (Guiana);Aguaje, Achual (Peru).

Origem: É uma planta de origem amazônica, com ampla distribuição na região, ocorrendona Colômbia, Venezuela, Trinidad, Guianas, Equador, Peru, Bolívia (Santa Cruz) e no Brasil nos Estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Piauí, Roraima, São Paulo e Tocantins.

Habitat: Habita os terrenosbaixos alagáveis (igapós),às margens de rios e igarapés, formando os característicos miritizais ou buritizais.

Descrição da planta: O buriti é uma palmeira monocaule, dióica, com 2,8 a 35 m de altura e caule liso medindo de 23 a 50 cm de diâmetro. Suas folhas são do tipo costapalmadas variando de 8 a 25; bainha com 1 a 2,56 m de comprimento; pecíolo 1,6 a 4 m de comprimento; tamanho da folha até 5,83 m de comprimento e com 120 a 236 segmentos. Inflorescência interfoliar, frutos elipsóide-oblongos, cobertos por escamas córneas, medindo 5,0 x 4,2 cm de diâmetro, de coloração marrom-avermelhado na maturidade.

Cultivo: Esta palmeira é propagada por sementes, que perdem o poder germinativo em poucas semanas; contudo, as sementes Mauritia flexuosa recém-colhidas alcançam 100% de germinação, que ocorre aos 75 dias. A produção do buriti é anual e em indivíduos femininos ocorre a cada dois anos, no final do período chuvoso. O número de inflorescência ou de cachos com frutos varia de 5 a 7 por planta por ano, com cerca de 400 a 500 frutos por cacho. A floração ocorre de abril a agosto, frutificando após 9 meses. 

Parte da planta utilizada: As folhas são usadas como cobertura para casas, fornecendo ainda fibras para artesanato, empregadas na confecção de esteiras, redes, cordas, chapéus, etc. O buriti também fornece palmito comestível. Do fruto do buriti se extrai o óleo de miriti, comestível e empregado na fritura de alimentos. A sua polpa é bastante apreciada e após a fermentação fornece o vinho de buriti, consumido com açúcar e farinha de mandioca. Também é empregada no preparo de doces, sorvetes, picolés, refrescos, etc. A amêndoa é espessa e duríssima, semelhante ao marfim vegetal, embora de qualidade inferior, presta se a vários trabalhos, da confecção de botões a pequenas esculturas.

Outros usos: da polpa também se extrai um óleo com características organolépticas de sabor e aroma agradáveis, qualificados por um potencial de pró-vitamina A, que pode ter inúmeras aplicações na indústria de produtos alimentícios como corante natural de margarinas, queijos e algumas massas alimentícias. A cor avermelhada do óleo é usada como envernizantes de couros e peles. Também é remédio energético recomendado como vermífugo.


Legenda da imagem.

Fonte: Governo do Tocantins