No mês de julho, o mercado agropecuário observou movimentações significativas no setor suinícola, com variações nos preços, exportações e relação de troca entre insumos e suínos. A demanda sazonal e as oscilações nas exportações foram alguns dos principais fatores que moldaram o cenário deste importante segmento do agronegócio brasileiro.
Demanda Interna Impulsiona o Mercado de Suínos
Apesar de uma queda acentuada no preço do suíno vivo na segunda metade de julho, o mercado registrou uma elevação considerável no valor médio mensal do animal em comparação com o mês anterior. O destaque desse aumento foi o incremento sazonal na procura pela carne suína no início do mês, levando os frigoríficos a intensificarem a compra de lotes extras de animais para abate. Essa dinâmica impulsionou os preços de negociação do setor nas primeiras semanas de julho, mostrando a influência direta da demanda interna na dinâmica do mercado.
Exportações e Seu Impacto no Mercado Suinícola
Julho marcou um crescimento significativo nas exportações brasileiras de carne suína, embora em um ritmo ligeiramente menor em relação ao mês anterior. Contudo, o desempenho superou os números de julho de 2022, mantendo a tendência de crescimento pelo quinto mês consecutivo, com um volume exportado acima de 100 mil toneladas. Isso aponta para um interesse contínuo e crescente no mercado internacional pela carne suína brasileira, proporcionando oportunidades de expansão para os produtores do setor.
Relação de Troca e Cenário de Insumos
A relação entre os insumos essenciais para a suinocultura e o suíno vivo também sofreu alterações em julho. O poder de compra do suinocultor paulista em relação a itens cruciais como milho e farelo de soja aumentou no último mês, em comparação com o mês anterior. Esse movimento foi reflexo das valorizações expressivas do suíno vivo no começo de julho, visto que as cotações do farelo subiram com menor intensidade e os preços do milho permaneceram praticamente estáveis.
Competitividade e Tendências de Preços
Enquanto os preços médios das carnes suína e bovina apresentaram alta entre junho e julho, os valores da carne de frango registraram uma queda. Esse cenário resultou na perda de competitividade da carne suína em relação às suas concorrentes. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína apresentou um aumento de 9,83% no comparativo mensal, encerrando julho com uma média de R$ 9,83/kg. Esse movimento pode indicar desafios para o setor suinícola em termos de manutenção de preços competitivos no mercado.
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