O gerente da Unidades de Conservação estaduais, Rodrigo Sávio, apresentou aspectos do Manejo Integrado do Fogo e números que refletem atuação da Brigada Gavião Fumaça
– Foto: Washington Luiz/Governo do Tocantins
O Governo do Tocantins, por meio do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), com a cooperação do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins (CBMTO), da Defesa Civil, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e o da WWF Brasil, realizou nessa quarta-feira, 22, o 1° Seminário do Manejo Integrado do Fogo. Além de gestores das Unidades de Conservação geridas pelo Naturatins e também pelo estado do Mato Grosso do Sul/MS, cerca de 80 brigadistas que atuam diretamente na prevenção e no combate aos incêndios florestais estiveram presentes no auditório do Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos.
Na ocasião, o gerente das Unidades de Conservação, Rodrigo Sávio de Carvalho, destacou que o fogo é um fenômeno natural que sempre existiu na superfície do planeta e é um dos responsáveis pela predominância de vários ecossistemas terrestres, entretanto seu manejo adequado é fundamental. O gerente apontou a diferença entre a queima prescrita e o incêndio, bem como a importância da mudança de paradigma sobre o fogo zero.
O Manejo Integrado do Fogo (MIF) é uma estratégia que associa aspectos ecológicos, socioeconômicos e técnicos, cujo objetivo é integrar ações de controle de queimadas e prevenção, além do combate aos incêndios florestais. No Estado, as UCs geridas pelo Governo do Tocantins empregam a metodologia há cerca de 10 anos, onde os resultados positivos vêm crescendo a cada ano, por meio das ações de queima prescrita e conscientização das comunidades. “Existe a necessidade de entender o Cerrado como ecossistema dependente do fogo para existir. Por isso, é importante entender as diferentes causas do fogo, para encontrar soluções adequadas para o manejo, especialmente em âmbito comunitário e, assim, envolver as comunidades locais, considerando as condições e as necessidades socioeconômicas”, pontuou Rodrigo Sávio. Para o gerente, é importante consolidar as políticas que possibilitam a introdução de legislações e regulações em diferentes níveis administrativos.
O gerente das Unidades de Conservação e secretário-executivo do Comitê do Fogo do Mato Grosso do Sul, Leonardo Tostes, enfatizou que intercambiar experiências entre os dois estados dá mais segurança aos gestores. “Por mais que sejam biomas distintos, o MIF [Manejo Integrado do Fogo] segue o mesmo padrão de ação. Os dois estados estão em momentos diferentes de normatização. Nesse encontro, pudemos identificar normas em comum para unificar e melhorar ainda mais a legislação. Foi bem positiva essa troca de experiências e traz mais segurança à gestão pública e ao meio ambiente”, frisou.
Cartilha
Lançada durante o evento, a cartilha é o primeiro material educativo sobre o MIF no Tocantins. Produzida pelas equipes do Naturatins e da WWF, a cartilha traz informações de fácil acesso para os municípios e as suas comunidades. “Neste material, explicamos as principais definições do que é fogo, a queimada, a queima prescrita entre outros tópicos e as etapas necessárias para ter autorizações e licenças para queima prescrita. É um resumo para a população em geral”, explicou a especialista em conservação pela WWF-Brasil e atividades voltadas para as Áreas Protegidas e Manejo de Fogo no Pantanal e Cerrado, Julia Corrêa Boock.